segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

2010 – ANO EUROPEU CONTRA A POBREZA E A EXCLUSÃO SOCIAL




A humanidade tem assistido, e parte dela tem beneficiado, dos espantosos progressos científicos. No entanto, ao contrário do que se imaginava anteriormente, nunca se viu tanta disparidade de estilos de vida, tanta insatisfação e, sobretudo, tanta perplexidade diante do futuro do homem.
No panorama mundial, os recentes avanços tecnológicos e o controle destas novas técnicas por uma pequena parcela da sociedade está a gerar uma nova configuração, um novo recorte, no jogo de poder entre as nações. Nota-se a consolidação de alguns países na liderança mundial. Aos outros países, resta o papel coadjuvante de meros consumidores de tecnologia criada pelos primeiros. Isto quando não são simplesmente excluídos do mercado internacional (caso de diversos países africanos).
Num mundo dito tão desenvolvido, em que se melhorou intensamente a qualidade de vida da sociedade, como poderemos explicar o grande paradoxo que faz parte da nossa existência?
As descobertas e desenvolvimento científicos incomparáveis que tornaram a nossa qualidade de vida melhor (saúde, educação..) foram reduzidos a uma parcela ínfima da sociedade, continuando, e cada vez mais, a existir grupos de minorias excluídos do “mundo” onde vivemos, continuando a pobreza extrema a ser uma realidade cada vez maior.
Enquanto alguns países atingem o apogeu de progresso e aperfeiçoamento, outros atingem o apogeu da pobreza extrema. Vivemos num mundo onde numa ponta se morre de fome e na outra se atiram diariamente quilos de alimentos para o lixo. É concentrada demasiada energia a aperfeiçoar uma parte da sociedade, enquanto que a outra parte se deteriora cada vez mais, e é inteiramente irradiada.
Maria João 11º6