quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Entrevista ao Presidente do Conselho Executivo



Garras: Dar início ao novo período de gestão da Escola com a comemoração dos 170 anos da sua fundação foi uma decisão arrojada. Como surgiu a ideia de dinamizar tal projecto?
Dr.Etelvino Rodrigues (E.R.) A ideia inicial partiu do 11º Grupo A, mais concretamente do colega, Dr. Jorge Carvalho. O CE entendeu que a ideia era interessante. Por isso, acarinhou-a e procedeu à constituição de uma comissão que planificou, concretizou e deu relevo interno e externo à efeméride.
Garras: Quais os problemas que se colocaram à concretização de um programa com essa dimensão?
E.R.: A comissão poderia responder melhor. No entanto, é de salientar que o programa implicou muito tempo na concepção, preparação e concretização do evento, o que revela um esforço digno de registo. Problemas houve-os, mas de natureza exclusivamente financeira, pois embora tivéssemos inscrito na proposta de orçamento da Escola uma verba que considerámos necessária, tal não veio a ser concedida.
Garras: Sabemos que este tipo de evocação é uma forma de reavivar a memória de uma instituição antiga, como a nossa, mas também de reafirmar a identidade de todos os que hoje integram a comunidade escolar. Que balanço é possível fazer destas comemorações?
E.R.: Muito positivo. Por um lado, os objectivos definidos para assinalar essa data importante foram conseguidos. E por outro lado, reavivaram-se antigas e boas memórias concretizadas através da constituição da Associação dos Antigos Alunos, Professores e Funcionários do Liceu D. João III/Escola Secundária José Falcão, iniciativa, que urge louvar.
Garras: Para além da comemoração dos 170 anos, quais as metas mais prioritárias estabelecidas pelo CE para o presente mandato? (Projectos em execução e os que estão calendarizados para realização).
E.R.: Remetemos, na íntegra, para as linhas programáticas que definimos aquando da apresentação da nossa candidatura. Claro que esperamos sempre mais, sendo certo que o desejável nem sempre é possível. Gostaríamos, de modo especial, no entanto, que o edifício fosse totalmente restaurado. Foi-nos prometido que o seria, por quem de direito. Até à data envidámos todos os esforços para o conseguir. Talvez venha a acontecer no decurso de 2007.
Garras: Há um sentimento especial ao ter a responsabilidade de gerir uma escola com os pergaminhos da Escola Secundária José Falcão? Que balanço faz da experiência até ao momento?
E.R.: Relativamente á 1ª parte da pergunta, direi que agimos com a consciência de que fazemos o melhor que podemos e sabemos, o que, só por si, nos dá uma grande alegria e motivação. Quanto á 2ª parte, até ao momento, consideramos o balanço positivo.
Garras: Que apreciação faz à autonomia das escolas?
E.R.: Pensamos que a autonomia, no seu verdadeiro sentido, não existe. O que existe é um certo poder discricionário que é coisa muito diferente. Procuramos exercê-lo sempre dentro da legalidade, embora com bom-senso e a prudência necessária.